Especialistas alertam para os perigos neurológicos da dengue

Date: Feb 24, 2024
Image title: RECIFE, BRAZIL - JANUARY 26: Aedes aegypti mosquitos are seen in a lab at the Fiocruz institute on January 26, 2016 in Recife, Pernambuco state, Brazil. The mosquito transmits the Zika virus and is being studied at the institute. In the last four months, authorities have recorded close to 4,000 cases in Brazil in which the mosquito-borne Zika virus may have led to microcephaly in infants. The ailment results in an abnormally small head in newborns and is associated with various disorders including decreased brain development. According to the World Health Organization (WHO), the Zika virus outbreak is likely to spread throughout nearly all the Americas. At least twelve cases in the United States have now been confirmed by the CDC. (Photo by Mario Tama/Getty Images)
Image credit: Mario Tama - 2016 Getty Images
Link: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/02/especialistas-alertam-para-os-riscos-neurologicos-da-dengue.shtml

Especialistas alertam para os perigos neurológicos da dengue, que tem avançado em 2024 no Brasil. Os sintomas clássicos da doença incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo e dor nas articulações, porém, pode evoluir para quadros mais graves, resultando em lesões no fígado e hemorragias. De acordo com os especialistas ouvidos, de 1% a 5% dos pacientes infectados pela doença podem desenvolver complicações neurológicas como encefalite, mielite, neuropatia, meningite e até Guillain-Barré.


O mosquito Aedes aegypti pode ser responsável direto ou indireto por problemas neurológicos, afirma Augusto Penalva, supervisor da Equipe Médica da Neurologia do Instituto de Infectologia Emílio Ribas ouvido pela Folha de São Paulo. Existem quatro sorotipos de dengue, sendo que os infectados pelos sorotipos 2 e 3 têm mais riscos de apresentar complicações no sistema nervoso.


Os especialistas ressaltam que as complicações neurológicas da dengue não possuem um tratamento específico e variam de acordo com o quadro de cada paciente. O tratamento das consequências neurológicas pode incluir o uso de corticoides ou imunoglobulinas.


Além disso, os especialistas destacam a importância da vacinação contra a dengue como medida preventiva. Embora ainda não esteja amplamente disponível no país, a vacina contra a dengue começou a ser aplicada pelo SUS em crianças de 10 a 14 anos em municípios selecionados. A imunização pode reduzir a gravidade da doença e prevenir complicações neurológicas.


As autoridades de saúde recomendam acompanhamento médico e a busca por atendimento hospitalar em caso de complicações. A vacina é apontada como uma solução fundamental para controlar os casos de dengue e suas possíveis consequências neurológicas.