Tutor é morto por cão da raça Pitbull durante crise epiléptica |
| Date: Apr 15, 2024 |
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| Link: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/04/15/pessoas-com-quadros-neurologicos-devem-ter-caes-treinados-para-evitar-ataques-analisam-veterinarias.ghtml |
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No último domingo (14), uma tragédia chocou a cidade de Mogi Mirim, em São Paulo. Hugo Otávio Tobias, de 30 anos, vítima de epilepsia, foi morto pelo próprio cão da família, um pitbull, após sofrer uma convulsão. A principal hipótese é que o animal tenha se assustado com a crise de seu tutor. O cão saltou em Hugo ferindo-o gravemente no pescoço. Um vizinho de Hugo, que é guarda municipal, tentou socorrê-lo e acabou disparando contra o cão para poder remover o animal de cima do rapaz. Mesmo após ser retirado, o cão continuava agitado e tentando atacar outras pessoas, tendo sido necessário abatê-lo. O triste episódio levantou questões sobre a segurança de pessoas com condições neurológicas, como a epilepsia, terem animais de estimação grandes, como os cães de raças fortes, incluindo pitbulls, rottweilers e chow-chows. A posição de boa parte dos veterinários é de que se faz essencial que esses cães passem por treinamento adequado e que seu histórico familiar seja analisado antes de serem adotados por pacientes com quadros neurológicos. No entanto, cabe ressaltar que nem todos os cães de raças fortes representam um risco para pessoas com condições neurológicas. Há relatos de cães grandes, como labradores, ajudando crianças a conter crises relacionados ao autismo, por exemplo. De fato, para casos neurológicos a recomendação de tutoria direciona-se para cães de pequeno a médio porte ou que sejam de raças dóceis como é caso dos labradores, embora a escolha de uma raça mais adequada não descarte a necessidade de treinamento e observação de histórico. O treinamento consiste em repetir diversas vezes situações específicas para que o animal se acostume e seu comportamento seja moldado. Além disso, é fundamental utilizar estímulos positivos, como recompensas, para reforçar o comportamento desejado. É importante ressaltar que cada animal possui características individuais, independentemente de sua raça, e, portanto, é fundamental conhecer o histórico familiar e proporcionar o treinamento adequado para garantir a segurança tanto do animal quanto do tutor. O caso de Mogi Mirim ocorre poucos dias após o episódio em que a escritora Roseana Murray foi atacada por 3 cães da raça pitbull perdendo o braço direito. Esse casos levantam questões sobre responsabilidade e segurança na tutoria, pois demonstram a gravidade dos ataques de cães de raças fortes, como os pitbulls, que possuem uma mordida poderosa podendo causar lacerações graves, amputações e como o caso relatado, até mortes. O triste desfecho da convulsão de Hugo serve como um alerta para que a sociedade tenha uma reflexão sobre os cuidados e responsabilidades necessárias ao adotar cães de raças fortes, especialmente quando há a presença de pessoas com quadros neurológicos em seus lares. |